Todo mundo é um pouquinho mentiroso. Mas não se preocupe. Isso não é um desvio de caráter, mas algo perfeitamente normal. Sem essas pequenas mentiras do dia a dia seria difícil viver em sociedade, ou melhor, seria impensável que alguém te aguentasse.

Pense na última vez que você mentiu e isso não prejudicou a vida de ninguém, somente tornou mais fácil a convivência. Aquela vez que você preferiu falar para seu amigo que aquela camisa tinha ficado ótima nele, mesmo sabendo que estava ruim, “mas ele estava se sentindo bem” e, às vezes, é isso que vale.

Imagina se você falasse para seu chefe que aquele longo discurso que ele deu na primeira reunião do mês estava tão ruim que você teve vontade de levantar e ir embora. Com certeza, você não faria isso, e até pelo contrário, elogiaria o quanto os discursos dele são importantes.

Pesquisas diferentes no mundo inteiro chegam a conclusões muito próximas de que em uma simples conversa de menos de 15 minutos, cada pessoa mente de duas a quatro vezes. Tudo bem, na maioria são mentiras pequenas e inofensivas, mas, ainda assim, é um número claro para você entender que, como eu disse lá no começo, todo mundo é um pouquinho mentiroso.

Mas tudo isso não quer dizer que toda mentira possa passar despercebida e seja inofensiva. E, por isso mesmo, é extremamente importante conseguir identificar onde está a mentira e, com uma dose saudável de bom senso, decidir por si próprio onde está essa mentira e se ela é inofensiva ou não.

Aprendendo como entender o mentiroso

O que muita gente me pergunta é como eu consigo identificar as mentiras nas pessoas, a resposta é sempre a mesma: Muito trabalho.

Ninguém nasce com um detector de mentiras acoplado no cérebro, é preciso desenvolver essa sensibilidade através de técnicas e padrões. E nada de truque de mágica, apenas ciência mesmo, já que a comunicação de seu corpo é muito mais forte do que a comunicação verbal.

O maior segredo está nos gestos, pistas e microexpressões que seu corpo dá ao falar uma verdade ou mentira. Você pode estar mentindo, mas seu corpo e seu subconsciente raramente conseguem seguir o mesmo caminho de enganar o interlocutor.

Se algo não está dito nas palavras, quase sempre o seu corpo acaba deixando bem claro que a culpa não é dele. Sim, o maior dedo-duro de suas mentiras é você mesmo.

É essa programação neurolinguística (PNL) que te permitirá desenvolver seu detector de mentiras natural. Entendendo esses detalhes da comunicação é que você conseguirá perceber das menores até as maiores mentiras.

E onde eu usaria isso tudo? Para que eu quero saber que estão mentindo para mim?

As respostas são simples.

Identificando pessoas mentirosas na sua vida

Tente pensar em quantas vendas você já perdeu porque o seu cliente inventou uma desculpa. Ou quantas oportunidades passaram por seus dedos porque alguém te falou para pegar um caminho diferente.

Talvez você tenha sido enganado, não somente nesses dois exemplos, mas também em uma série de outras oportunidades. Mas isso só servirá de ensinamento para você se for identificada a mentira. Você só dará a volta nessa mentira se souber onde ela está.

Se você entende que o cliente mentiu, poderá se preparar melhor para um outro cliente que fizer a mesma coisa. Assim como perceberá que “aquele conselho” talvez não seja a melhor das opções e você poderá seguir o caminho que você acredita ser o melhor para você mesmo.

Você só aprende quando identifica e consegue depois “passar essa cena” novamente enquanto reflete e entende o que foi que aconteceu. Do mesmo jeito que não será mais enganado por sua equipe.

Tente imaginar as vezes em que um funcionário seu ou alguém com quem você trabalha te disse uma mentira e você não percebeu. Tudo bem, a maioria delas pode não ser um problema, mas isso pode se tornar um perigo para sua vida caso você não esteja alerta.

Essa experiência em identificar mentiras e mentirosos é uma arte complexa e cheia de detalhes. Um assunto que você pode ir a fundo e descobrir um mundo inteiro de possibilidades e dicas, mas também é bom estar minimamente preparado para as mentiras.

Confira então sete dicas práticas que te ajudarão a identificar e desmascarar qualquer mentiroso que cruzar seu caminho.

Dicas para desmarcar um mentiroso

1 – Crie uma base

Cada pessoa é única, portanto, não adianta projetar o comportamento de uma pessoa em todas. É preciso, antes de qualquer coisa, criar um background onde essa pessoa se encontra. Desde idade até situação financeira, nível cultural, condição social e, principalmente, o ambiente onde ela vive.

Quando você entende o padrão de comportamento dessa pessoa, já consegue identificar qualquer mudança dentro de seu discurso. Como se você conseguisse enxergar algo que “descola” de seu padrão.

Melhor ainda: estabeleça esse cenário com uma conversa sobre coisas que a pessoa está acostumada. Faça ela mesmo lhe dar esse background.

2 – Escute

Parece bobagem indicar isso, mas grande parte das mentiras passam porque a gente não escuta o discurso dessas pessoas. Um caso simples é quando faz uma pergunta onde a resposta deve ser “sim” ou “não”. Se essas palavras não estiverem na resposta, pode começar a duvidar.

A verdade vem de forma simples. Quanto mais complexa é a resposta sem afirmar ou negar claramente, mais fácil daquilo ser uma grande enrolação para não responder exatamente o que você perguntou.

“De jeito nenhum eu pegaria aquele sanduíche na geladeira”, só quer dizer que no futuro ele não pegará, mas não que no passado já não pegou.

3 – Force uma verdade

Mais do que isso, preste bastante atenção em como a pessoa se comporta dizendo a verdade. Desde o olhar até gestos, tom de voz e movimentos de cabeça. Passe a comparar isso com o resto da conversa.

Portanto, se quiser identificar uma mentira, faça antes a pessoa dizer uma verdade, como se estivesse ajustando seu detector de mentiras. Opte por um questionamento simples e que possa até ser óbvio, o importante é descobrir a verdade antes de dar de cara com a mentira.

4 – Várias mesmas perguntas

Exatamente, se você está em dúvida, perguntes várias vezes, mas o faça de maneiras sutilmente diferentes. Preste atenção nos detalhes de cada resposta e compare com os outros. Dentro das técnicas de interrogatório policial é indicado fazer cada pergunta três vezes e só então analisar a inconsistências de seu discurso.

As perguntas não precisam ter a mesma resposta, mas levar para um mesmo lugar. O cuidado que a pessoa terá para não se contradizer levará à dificuldade de respostas calmas e claras.

5 – Linguagem corporal é tudo

Como eu disse lá no começo, você pode mentir, mas seu corpo nunca seguirá o mesmo caminho, portanto, analise a língua que o corpo fala, não só as palavras que saem da boca.

Preste atenção em braços cruzados, postura, olhares perdidos, tiques nervosos, e movimentos dos ombros, sinais claros de nervosismo ou de que não estão falando a verdade completa. E isso fica ainda mais complexo e completo quando você mergulha no mundo das microexpressões, já que cada detalhe do rosto pode estar contando uma história própria e desesperada para desmascarar aquela mentira.

O importante então para não confundir um gesto de prazer com uma mentira é estudar essa linguagem e praticar a observação. Esse é um dos pilares do curso online Não Minta Pra Mim, que ajuda a ler o corpo das pessoas!

6 – Alterações de humor

A mentira gera estresse. Quase sempre em um nível onde ninguém consegue lidar de modo sutil e sem que as pessoas ao redor não percebam. Uma mentira cria uma realidade na cabeça dessa pessoa onde a verdade não existe, e isso é complexo para sua mente, que se sobrecarrega e fica impaciente.

Quanto mais desconfortável a pessoa se tornar de uma hora para outra, mais provavelmente ela deve ter começado a mentir.

7 – Não é um detalhe, mas todos juntos

Não é possível identificar uma microexpressão e já ter certeza que a pessoa está mentindo, é preciso entender e analisar uma série de detalhes que emolduram aquele gesto. Analisar um ponto isolado é o mesmo que perder o foco do cenário geral, que é onde pode estar acontecendo a mentira.

O ser humano funciona por inteiro, portanto, tente enxergar tudo que está acontecendo ao mesmo tempo e entender como aquele pequeno gesto se formou. A mentira é o resultado de diversos movimentos e detalhes. Como sempre gosto de ressaltar: texto se contexto gera pretexto!

E nunca se esqueça que a mentira pode não ser uma mentira, mas um ato falho sem maldade, assim como um jeito de criar aceitação social ou, simplesmente, um jeito de fugir de algo que incomoda a pessoa. Nem toda mentira vem com maldade, portanto, identifique, julgue e entenda como todo esse mecanismo funciona, para só então saber o que fazer com essas verdades.

Essa visão da mentira na rotina que me faz misturar diferentes técnicas e referências de análise quando estou fazendo uma Análise Não Verbal.

Uma simples foto congelada pode criar uma alteração da realidade do momento. É preciso analisar o todo. As microexpressões são importantes, mas é preciso analisar as pistas oculares, contextos, gesticulações, padrões de comportamento, construção de discurso e muito mais.

Foi em cima disso que construí o Não Minta Pra Mim, um curso online de comunicação não verbal que vai lhe ajudar a descobrir mentiras.

E muito mais! Com esse conhecimento, você pode até mesmo se tornar mais persuasivo sabendo como as pessoas estão reagindo ao que você diz de maneira mais assertiva.

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