Muita gente se aventura no mundo das palestras e, em um primeiro momento, acabam se vendo perdidas em um mundo novo e cheio de dificuldades. É fácil, então, essas pessoas se agarrem em alguma boia salva vidas que estiver à mão, nesse caso, um outro palestrante. E aí está o primeiro e maior erro de sua carreira.
Sim, esqueça os outros palestrantes. Consuma seus conteúdos, analise-os e se inspire, mas na hora de colocar em prática sua palestra, esqueça-os. Você é você mesmo e deve explorar isso, sua personalidade e sua marca.
Esse caminho mais curto ainda pode se tornar um tiro no pé. Primeiro, pois você está “conversando” com um público que deve conhecer esse outro palestrante, e logo de cara te taxará como copia, o que faz despencar a confiança de seu público em você. Pior ainda, isso pode te levar a lugares até mais escuros e sombrios, que foi o que aconteceu com James Arthur Ray.
De Collins a Ray
James Arthur Ray é (ou foi) um dos grandes gurus da autoajuda que surgiram na última década. Ray ficou famoso e encheu os bolsos de dinheiro ao narrar um segmento do famoso documentário “O Segredo”, e viu sua carreira ir ainda mais além enquanto era entrevistado em programas como Larry King Live (da CNN), Today Show e até Oprah.
Sua linha de trabalho seguia as Leis de Atração. Ray tinha em seu mote a resolução de que tudo que acontecia era responsabilidade de cada um, nada é culpa, já que tudo que acontece é um presente, uma lição.
Uma ideia que o levou a uma tragédia, mas seu maior erro não estava nisso, porém sim em sua formação. Enquanto era funcionário AT&T, Ray participou de um seminário motivacional com Stephen Covey, tempos depois, ao se interessar pelo assunto, acabou participando de uma palestra de Tony Robbins, o que para ele foi o estopim de sua carreira. Era aquele profissional que ele queria ser.
Mas Robbins já era um profissional formado e famoso. Enquanto Ray tentava emular essas inspiração. Ele só começou a ver resultados enquanto levava o discurso de Robbins a um exagero. Ao limite.
Enquanto Robbins era sutil e motivacional, Ray passou a desafiar seus limites ao incorporar em seus seminários coisas como privação de sono, fome, caminhadas sobre vidro e fogo e ainda uma versão sua da cerimônia indígena da “cabana do suor” (Sweat Lodge). Durante anos, os participantes de seus seminários Spiritual Warrior apontaram exageros físicos e machucados durante os exercícios.
Mas a grande tragédia envolvendo Ray aconteceu em 2009, quando, durante um de seus Spiritual Warriors, dois homens morreram numa sessão de Sweat Lodge, 18 ficaram feridos e ainda um terceiro faleceu depois. Todos com traços de queimaduras, desidratação, problemas de respiração, febres e falência renal.
Inspire-se em pessoas fora das palestras
E aí está uma importante lição para os palestrantes: você é você mesmo, não mais ninguém. Não tente ser uma outra pessoa e nem tente chegar nesses limites para conseguir se diferenciar.
A grande dica aqui não está em entender esse mercado e estudar grandes palestrantes, mas ir atrás de grandes comunicadores de outras áreas para se inspirar. Eu, por exemplo, sempre olhei para a minha carreira como aberta para referências de ídolos meus, mas todos eles sempre foram pessoas com sucesso em outros ramos. Pessoas que usavam de uma boa comunicação para irem melhor em suas carreiras. Já até escrevi um artigo sobre comunicadores fora do comum que me inspiram, por exemplo.
Em diferentes fases da minha vida usei de exemplos vários grandes comunicadores, mas sempre que pensava neles encontrava em comum entre todos o quanto eram bons no que faziam e no quanto estavam fora do mundo das palestras.
Já tive momentos em que me inspirei em figuras como Valdemiro Santiago, Michael Jackson e Elvis Presley, assim como sempre tentei tirar de Silvio Santos esse poder de ser um grande comunicador. Nenhum desses, palestrantes, mas todos com várias lições sobre como falar em público e se portar diante de uma plateia.
E essa sempre é a principal lição que eu tento passar a todos: fuja do padrão e de outros palestrantes, encontre seus ídolos em que já provou que consegue usar uma boa comunicação para se dar bem e ter sucesso. Afinal, como eu já disse, você é você mesmo e não precisa copiar ninguém.
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